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Morre Hulk Hogan, ícone da luta livre e lenda da cultura pop, aos 71 anos

  • Foto do escritor: Manu Cárvalho
    Manu Cárvalho
  • 24 de jul.
  • 3 min de leitura

Por Manu Cárvalho

Hulk Hogan
Reprodução/James Atoa/Everett Collection

O mundo da luta livre e do entretenimento perdeu nesta quinta-feira (24) uma de suas figuras mais emblemáticas. Terry Bollea, conhecido mundialmente como Hulk Hogan, faleceu aos 71 anos, deixando um legado inigualável no wrestling profissional e uma marca eterna na cultura pop. A informação foi confirmada oficialmente pela WWE, organização que ajudou a transformar ao longo de sua carreira.


"A WWE lamenta o falecimento do membro do Hall da Fama da WWE, Hulk Hogan. Uma das figuras mais reconhecidas da cultura pop, Hogan ajudou a WWE a alcançar reconhecimento global na década de 1980", declarou a empresa em nota publicada nas redes sociais.


Muito além do ringue: a ascensão de um ícone

Com sua bandana inconfundível, os bíceps protuberantes, o bigode loiro e o bordão "Whatcha gonna do when Hulkamania runs wild on you?", Hogan não foi apenas um lutador — ele foi um fenômeno. Sua trajetória se confunde com a popularização mundial do wrestling como espetáculo. Ao lado de Vince McMahon, revolucionou o modo como o esporte era visto, levando-o dos ringues para as grandes arenas e para as telas do cinema e da televisão.


Nos anos 1980, Hogan se tornou a principal estrela da WWE (então WWF), comandando eventos históricos como a primeira edição da WrestleMania, em 1985, e protagonizando rivalidades que capturaram a atenção do público americano e internacional. Sua presença carismática o levou, inclusive, a atuar em filmes como Mr. Nanny e Suburban Commando, consolidando-se como figura recorrente no entretenimento familiar.


Herói e vilão: reinvenções ao longo da carreira

Um dos aspectos mais marcantes de sua trajetória foi a capacidade de se reinventar. Quando a “Hulkamania” começou a esfriar, Hogan surpreendeu ao se tornar vilão na WCW com a criação da lendária facção NWO (New World Order), ao lado de Kevin Nash e Scott Hall. A mudança, ousada à época, revitalizou sua carreira e transformou novamente os rumos da luta livre americana.


Entre altos e baixos, Hogan permaneceu relevante por décadas. Foi introduzido no Hall da Fama da WWE em 2005 e fez aparições esporádicas em eventos especiais nos anos seguintes, sendo sempre recebido com euforia pelo público.


Controvérsias e redenção

A trajetória de Hulk Hogan também teve suas sombras. Envolvido em polêmicas e acusações nos anos 2010, chegou a ser afastado da WWE por um período. Contudo, sua reconciliação com a empresa e com os fãs foi aos poucos construída, e ele retornou à programação como lenda viva do wrestling.


Apesar dos episódios controversos, é inegável que seu impacto na história da WWE — e da própria cultura pop ocidental — é imensurável. Para muitos fãs ao redor do mundo, Hogan representava a infância, a fantasia de super-heróis reais e a emoção de torcer por um ídolo que sempre se levantava, mesmo nos piores momentos.


Legado imortal

Terry Bollea não foi apenas o rosto do wrestling profissional: ele foi o coração de uma geração que cresceu com os ringues iluminando a TV, acreditando em força, carisma e superação. Seu legado não está apenas nos títulos conquistados ou nos eventos esgotados, mas na memória coletiva de quem um dia gritou “Hulkamania” e sentiu que tudo era possível.


A WWE, os fãs e todo o universo da luta livre se despedem hoje de uma lenda. Mas o nome Hulk Hogan permanecerá vivo — nos vídeos, nos pôsteres, nos ringues que ele lotou e, principalmente, nos corações dos milhões que acreditaram em sua mensagem: "Train, say your prayers, eat your vitamins and believe in yourself."


Descanse em paz, Hulk Hogan. O mundo do wrestling nunca será o mesmo sem você.

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