Reality no Gloob promete transformar os 15 anos em espetáculo televisivo
- Da redação
- 1 de set.
- 2 min de leitura
Quem nunca sonhou com a festa de debutante perfeita? Para muitas meninas brasileiras, os 15 anos ainda carregam o peso de um rito de passagem que mistura tradição, vaidade, consumismo e emoção familiar. Agora, esse imaginário ganha palco televisivo: após alterar a data, o Gloob estreia no próximo dia 16 de setembro, às 19h30, o reality “Partiu XV”, comandado pela influenciadora Luluca, de apenas 16 anos, e com Thalita Rebouças como jurada fixa.
A proposta é simples — e irresistível para quem vive a expectativa da data: 12 jovens debutantes, acompanhadas de suas famílias, competem por uma festa dos sonhos. O programa terá oito episódios recheados de provas criativas, desde ensaios fotográficos até coreografias e desafios de maquiagem. Tudo com ares de espetáculo e, claro, com a promessa de uma grande festa final para coroar a vencedora.
“É um sonho poder estar ao lado dessas meninas em um momento tão especial, e ainda mais divertido quando isso se transforma em reality”, declarou Thalita Rebouças, que há anos escreve sobre os dilemas da juventude.
Reality como festa ou competição?
O formato levanta uma questão interessante: será que a televisão está ressignificando — ou transformando em competição — um dos rituais mais tradicionais da cultura jovem brasileira?
Se por um lado o reality promove inclusão e diversidade de histórias, por outro também escancara a pressão estética, social e de consumo em torno dos 15 anos, um marco ainda tratado como prova de status em muitas famílias.
A presença de uma influenciadora teen como Luluca ajuda a conectar o programa à geração Z, que enxerga as festas menos como obrigação e mais como experiência instagramável. Mas há também uma leitura crítica: será que estamos ensinando meninas tão jovens a competir pelo sonho em vez de vivê-lo de forma autêntica?
Cultura pop e tradição de mãos dadas
No Brasil, a tradição dos 15 anos resiste ao tempo e às mudanças de comportamento. Ela já foi mais restrita às elites, mas hoje se espalha por todas as classes sociais, adaptada a diferentes realidades. Enquanto algumas debutantes optam pela festa glamourosa, outras reinventam o ritual em viagens, projetos sociais ou celebrações intimistas.
“Partiu XV” aposta no brilho, na estética da grande festa e no entretenimento televisivo. Um prato cheio para fãs de realities e para quem, no fundo, ainda se encanta com vestidos rodados, danças coreografadas e aquela sensação de que, por uma noite, a vida pode virar um verdadeiro conto de fadas.
No fim, a pergunta que fica é: o sonho de debutar está se transformando em espetáculo de consumo — ou apenas em um novo jeito de celebrar o mesmo desejo humano de ser visto, reconhecido e celebrado?
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