top of page

Retratos que falam: Gucci aposta na intimidade na campanha de outono/inverno 2025

  • Foto do escritor: Yuri Barretto
    Yuri Barretto
  • 1 de ago.
  • 3 min de leitura
imagem da nova coleção de verão/inverno da gucci
Reprodução: /Foto/Instagram/@gucci

Com uma estética refinada e um portfólio de retratos que foge do óbvio, a marca italiana mergulha em um novo capítulo sob o olhar de Sabato De Sarno.

 

Menos espetáculo, mais verdade


imagem da nova coleção de verão/inverno da gucci
Reprodução: /Foto/Instagram/@gucci

E se o luxo não gritasse, mas sussurrasse? A nova campanha de outono/inverno da Gucci nos convida a repensar o que significa elegância em 2025. Sob a direção criativa de Sabato De Sarno, a marca deixa de lado os excessos performáticos e aposta em uma estética mais sóbria, madura e profundamente humana.

 

A escolha por um portfólio de retratos — com fundos neutros, luz natural e pouca interferência — é um claro reflexo dessa nova era. Aqui, não há cenários grandiosos nem poses dramáticas. O que se vê são rostos. Olhares. Pessoas que nos encaram de maneira direta, íntima, quase como se estivéssemos frente a frente com elas em uma sala silenciosa.


A beleza está no gesto contido


imagem da nova coleção de verão/inverno da gucci
Reprodução: /Foto/Instagram/@gucci

A campanha não é sobre uma coleção apenas — é sobre quem veste essa coleção. E isso fica evidente no elenco cuidadosamente escolhido, que mistura modelos já conhecidos e novos rostos, com traços marcantes e expressões genuínas. Nada de expressões plásticas ou sorrisos encenados. Há uma serenidade nos retratos que toca.

 

O resultado é uma campanha que humaniza o luxo. Que mostra que a força de uma imagem pode estar num olhar introspectivo, numa postura relaxada, numa pele sem retoques agressivos. A Gucci parece dizer: você não precisa se transformar para vestir nossas peças — elas se moldam a você.

Luxo silencioso: alfaiataria e texturas que falam por si


imagem da nova coleção de verão/inverno da gucci
Reprodução: /Foto/Instagram/@gucci

A coleção, claro, é o coração pulsante dessa narrativa visual. Casacos de lã com corte preciso, blazers estruturados, saias midi em tecidos encorpados, vestidos de veludo e acessórios em couro natural compõem o guarda-roupa proposto para o frio europeu — ou para aqueles que gostam de carregar consigo uma elegância atemporal.

 

As cores passeiam por tons terrosos, vinhos profundos, azul petróleo e verdes fechados, em uma cartela sofisticada e discreta. O destaque vai para os detalhes: uma gola contrastante, uma bolsa com acabamento vintage, um cinto largo que quebra a rigidez da alfaiataria.

 

Nada está ali por acaso. E, ao mesmo tempo, nada tenta roubar a cena. As roupas acompanham quem as veste — e não o contrário.


Retrato como manifesto


modelo gucci
Reprodução: /Foto/Instagram/@gucci

Escolher o retrato como linguagem visual não é apenas uma decisão estética. É um manifesto. Um lembrete de que, em tempos de hiperexposição e filtros infinitos, ainda há espaço para a autenticidade. Para a emoção que não se explica, mas se sente.

 

A Gucci, com essa campanha, parece tocar em algo profundo: a vontade coletiva de nos reconhecermos de novo na moda. De vermos rostos que não escondem imperfeições, e sim as acolhem como parte de sua força.

 

É uma moda que se aproxima, que escuta, que respeita a pausa.


Um novo tempo para a Gucci — e para nós


Reprodução: /Foto/Instagram/@gucci


Mais do que vender uma coleção, a campanha de outono/inverno 2025 da Gucci propõe uma reconexão. Entre marca e público. Entre imagem e emoção. Entre o vestir e o ser.

 

Num cenário de excessos visuais, onde tudo parece gritar por atenção, a Gucci opta por um caminho mais silencioso. E, talvez por isso mesmo, mais poderoso.

 

Às vezes, tudo o que a moda precisa é de um bom retrato. E de olhos dispostos a ver.

 

Comentários

Avaliado com 0 de 5 estrelas.
Ainda sem avaliações

Adicione uma avaliação
bottom of page