Tensão entre Donald Trump e Alexandre de Moraes atinge novo patamar
- Gabriel Ramiro
- há 4 dias
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Recentemente, relação entre o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro, Alexandre de Moraes, atingiu um novo patamar de tensão. O republicano ameaça incluir o Brasil na lista de países penalizados pelas tarifas comerciais que os Estados Unidos vêm impondo.

A disputa política se deu início após uma série de ações judiciais movidas por empresas ligadas a Trump, incluindo a Trump Media & Technology Group e a plataforma de vídeos Rumble, contra Moraes. As empresas alegam que o ministro brasileiro violou a liberdade de expressão ao ordenar a suspensão de contas de apoiadores de Bolsonaro, incluindo o anal de Allan Santos, um comentarista político brasileiro residente nos EUA, e ao bloquear o Rumble no Brasil, impondo multas diárias e exigindo a nomeação de um representante legal no país .
A ofensiva judicial foi acompanhada por uma pressão política crescente nos Estados Unidos. Um projeto de lei na Câmara dos Representantes, conhecido como "No Censors on Our Shores Act", propõe suspender os vistos de entrada nos EUA para estrangeiros que censuram cidadãos americanos em solo estrangeiro. Embora o projeto ainda precise ser aprovado pelo Senado, ele reflete o apoio de setores conservadores americanos, incluindo aliados de Trump e o filho do ex-presidente, Eduardo Bolsonaro, à narrativa de que Moraes estaria atuando como um "censor extraterritorial" .
Governo brasileiro reage as ameaças de Trump
Em resposta, o governo brasileiro, por meio do Ministério das Relações Exteriores, repudiou as tentativas de politizar decisões judiciais brasileiras. O ministro Alexandre de Moraes também se manifestou, afirmando que o Brasil deixou de ser colônia em 1822 e que o país é soberano para tomar suas próprias decisões judiciais. Ministros do STF, como Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes, expressaram solidariedade a Moraes, destacando a importância da independência do Judiciário no Brasil.
Além disso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva adotou um tom mais firme em relação aos Estados Unidos, sinalizando que o Brasil reagiria a qualquer medida concreta contra Moraes ou produtos brasileiros. Essa mudança de postura ocorreu após a articulação de conservadores americanos, incluindo Bolsonaro e seu filho, para pressionar o governo dos EUA a adotar medidas contra o Brasil.
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