Um novo olhar sobre sobre o comércio de sexshop
- Ranielson Cambuim
- há 4 dias
- 3 min de leitura

Foi inaugurada em São Paulo na última sexta, mais uma loja da rede amor de luxo, há 13 anos no mercado com lojas espalhadas pelo Brasil, que chega a maior cidade do país, com a ideia de desmistificar, quebrar tabus sobre esse mercado. A proprietária Amandha Ferreira respondeu algumas perguntas sobre a história da rede e sobre a pluralidade e diferencial do atendimento
Revista Pahnorama: Uma loja de sex shop. Existe muito mercado para essa loja? Existe muito público alvo para essas lojas?
Amanha Ferreira: Existe, graças a Deus. O público tá só em expansão. As pessoas têm quebrado o tabu todos os dias, então a cada dia que passa mais pessoas conhecem e forramam o mercado do sex shop. Então o nosso público só aumenta. Eu digo que a gente hoje, já depois de tantos anos de expansão, de quebras, de tabus, de paradigmas, todos, a gente ainda contribui com 3% da população brasileira que utiliza hoje o sex shop, porque a gente tem muito que crescer ainda. Então sim, na cada dia que passa existe o público aumenta cada vez mais.
RP: Agora existe o estigma, o estereótipo de ser uma. Vulgar, escondido, não é nos grandes centros, é mais uma loja escondida? Como a marca Amor de Luxo responde a isso?
AF: Nós somos contra. Desde o início, nossa ideia sempre foi transformar lojas de sex shopping em lojas de varejo, lojas tradicionais, onde a pessoa se sinta à vontade, não constrangida, para que perca essa questão de algo errado, algo escondido, algo... porque sexo todo mundo faz. Então, estamos aqui para incentivar, para ajudar, auxiliar casais, auxiliar as pessoas na autodescoberta, no prazer sozinho, no prazer em conjunto. Então, desde o início, nós sempre quisemos transformar essa questão de lojas escondidas, lojas escuras. Lojas onde as pessoas se sintam constrangidos de estar dentro. Então, ao máximo, nossas lojas são claras, são com produtos mais discretos, onde as pessoas não precisam ter todo esse constrangimento que está dentro de uma loja.
RP: E é a primeira loja aqui em São Paulo, quantas lojas tem assim no Brasil e a intenção é crescer também aqui na maior cidade do país?
AF: Hoje somos 13 lojas totais, nós viemos do Centro-Oeste, somos de Brasília, dentro de Brasília nós temos 11 lojas, uma loja em Goiânia e essa de São Paulo é a nossa 13ª e sim, a nossa intenção é sempre expandir a nossa marca. Estamos crescendo e a intenção é crescer ainda mais, levando a nossa marca para todos os estados e expandir dentro de São Paulo também. É a nossa primeira, mas a intenção é levar mais lojas para outros cantos de São Paulo.
RP: Nessa história, o que você já percebeu? Quem procura mais? O homem, a mulher? Qual a orientação hétero, gay ou bi e por quê?
AF:: São 13 anos de mercado, desde a nossa primeira loja, já se passaram... Esse ano a gente já faz 14 anos, no final do ano completam 14 anos e a gente verificou que é bem diversificado. Então aquela questão de que só mulheres frequentam sex-shop é completamente errônea. Tanto homens quanto mulheres frequentam, é bem dividido. Então assim, claro, mais mulheres, sim, 55% a 60%. Não é aquela parcela tão grande quanto as pessoas imaginam. Surpresa! E se a gente for levar em questão de tickets, fica meio a meio, porque os homens gostam de consumir maiores tickets, então eles entram dispostos a gastar. As mulheres gostam mais de levar mais produtinhos numa quantidade maior, num volume maior. Mas é bem dividido. E questão de gênero, de orientação sexual, atendemos a todos, todos mesmo. Então, sim, entram pessoas de vários tipos de orientação sexual diferente.

Amandha Ferreira de Sousa, 35 anos, é empresária e formada em Marketing. Há 13 anos, atua com seu esposo Daniel à frente do Sex Shop Amor de Luxo, consolidado como referência nacional no mercado erótico. Também é cofundadora da Luxxxo Cosméticos, marca voltada ao bem-estar íntimo e sensualidade. Casada há 10 anos e mãe de um casal de filhos, Amandha equilibra com maestria a vida familiar e a carreira, sendo referência em inovação, empoderamento e empreendedorismo no mercado erótico brasileiro.
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