Viva o cinema brasileiro!
- Marcelo Teixeira
- 27 de out.
- 2 min de leitura

Na noite do último sábado (25/10), conforme vídeo que postei nas redes sociais, saí impactado e empolgado da pré-estreia do filme “O Agente Secreto”. Protagonizado pelo ator Wagner Moura, a produção conta a história de um homem às voltas com o ambiente repressivo que tomou conta do Brasil à época da ditadura militar. Situado na Recife de 1977, “O Agente Secreto”, além de uma aula de sociologia, história e democracia, é uma aula de cinema.
Para quem, como eu, passou por uma faculdade de comunicação e estudou estética, semiologia, manipulação das massas e do imaginário coletivo etc., o filme é uma chance de ouro para prestarmos atenção nas referências presentes nos cenários, nas manchetes estampadas nos jornais, nas supostas ameaças externas... Enfim, não posso falar mais para não dar “spoiler” e estragar a surpresa que, decerto, muitos terão ao serem baqueados pelo enredo.
“O Agente Secreto” vem faturando prêmios em festivais de cinema ao redor do mundo. Em Cannes, por exemplo, faturou o de melhor ator para Wagner Moura, melhor filme e melhor diretor para Kleber Mendonça Filho. Mais do que merecido.
Já não é de hoje que Kleber vem extasiando o público ávido por um cinema que vá além do arroz com feijão estadunidense. Um cinema que mostre a riqueza, a profundidade e a diversidade do povo brasileiro. Foi assim com os igualmente impactantes “Bacurau”, “Aquarius” e “O Som ao Redor, todos ambientados no Nordeste, de onde esse recifense de boa cepa surgiu para o deleite de todos nós.
Aclamado pela crítica nacional e internacional como um dos maiores realizadores cinematográficos da atualidade, Kleber, junto a esposa – a cientista política e produtora francesa Emile Lesclaux – fundou o festival intitulado Janela Internacional de Recife, que se tornou um importante espaço de difusão e ideias cinematográficas. O resultado está aí.
Quando vejo a qualidade das produções cinematográficas da atualidade – “Vitória”, “As Manas”, “O Último Azul”, “Malês”, “Ainda Estou Aqui” etc. – e leio que a cultura audiovisual se tornou uma importante geradora de divisas e emprego, me encho de contentamento. Estamos no caminho certo e faremos muito mais.
Viva Kleber Mendonça Filho! Viva o cinema brasileiro!







Comentários