Favelivro: Transformando vidas através da leitura e cultura nas favelas do Rio

Rafaela Grande
26 de jun.
2 min de leitura

Iniciativa inovadora de educação faz a diferença na cidade e inspira as comunidades

Segundo relatório realizado pela UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância), a violência da cidade do Rio de Janeiro impacta diretamente o acesso à educação, com escolas fechando e alunos tendo dificuldades para chegar às aulas. E, para essa realidade mudar, a revista Pahnorama conversou com uma das responsáveis pelo projeto Favelivro, que está mudando a realidade de crianças e adolescentes das comunidades do Rio.

O Favelivro não é uma ONG; é um movimento com o objetivo de democratizar o acesso ao livro e à leitura em favelas, periferias e escolas públicas. Foi criado em 2012 pelos amigos Verônica Marcílio (Professora de Literatura) e Demézio Batista (um livreiro).

Fundadores do projeto Favelivro Veronica e Demezio. Foto: Márcio Marcilio. — Fundadores do Projeto Favelivro Verônica Marcílio e Demézio Batista. - Foto: Marcio Marcílio

“Atualmente o projeto tem diversos Parceiros. Ao todo já são 50 bibliotecas existentes nas comunidades. Observamos que o impacto na vida das pessoas é diverso, principalmente o de despertar o gosto pela leitura”, afirma Verônica.

A cidade do Rio foi considerada a Capital Mundial do Livro (CML) agora em 2025. Este título foi concedido pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência, e a Cultura). Verônica nos conta que foi muito pertinente o Rio ser considerado a CML por se tratar de uma cidade extremamente heterogênea no que tange principalmente as classes sociais.

O projeto já recebeu diversas homenagens, a última foi agora em junho pelo SNEL (SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS). O Favelivro oferece diversas atividades como: contação de história, rodas de conversa e diversas outras vivências literárias.

A inauguração de diversas bibliotecas e a inauguração de uma sala multimídia numa escola pública municipal homenageando o Jornalista Fábio Júdice (escolhido pelos alunos) e um encontro literário com alunos de uma escola pública com a Cantora Fernanda Abreu. O Favelivro realizou diversas oficinas literárias em conjunto com os professores da Escola Municipal Nações Unidas utilizando letras das canções de Fernanda Abreu e em setembro teremos o encontro da artista com os alunos da Escola Municipal Nações unidas em Bangu.

O Favelivro é constituído em média por 20 pessoas, contando com os fundadores e diversos voluntários. As pessoas podem encontrar o projeto através das redes sociais @favelivro.