Instituto Pretos Novos lança circuito histórico “Mercado a Mercado” no centro do Rio

Novo percurso guiado reconecta pontos centrais do tráfico negreiro e valoriza a memória afro-brasileira

Divulgação/IPN

O Instituto Pretos Novos (IPN) estreia neste sábado, 26 de julho, às 9h, o circuito “Mercado a Mercado: Uma Jornada Pela História da Escravidão e da Luta Preta no Rio”. A proposta é oferecer ao público uma experiência histórica e sensorial entre dois dos principais pontos de comércio de pessoas escravizadas no período colonial: o antigo mercado da Rua Direita (atual Primeiro de Março) e o mercado do Valongo.

O passeio é gratuito e tem ponto de encontro marcado na Praça da Pira Olímpica, ao lado do Museu Casa França-Brasil e do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). A condução ficará a cargo de pesquisadores do IPN, que trarão à tona histórias muitas vezes apagadas da paisagem urbana do Rio de Janeiro.

Mais do que um roteiro turístico, o novo circuito propõe uma imersão crítica na história da cidade e na formação do Brasil. Durante o trajeto, os participantes poderão compreender como funcionava a engrenagem do tráfico de pessoas negras e como os sinais da resistência preta ainda ecoam nas ruas, construções e monumentos do centro. “Acreditamos que iniciativas como essa ajudam a recontar a história a partir de outras vozes. O ‘Mercado a Mercado’ é uma forma de dar nome aos silenciados, resgatar memórias e reafirmar o protagonismo da população negra na construção do país”, explica Alexandre Nadai, diretor de comunicação do IPN.

O lançamento acontece em um momento de crescente interesse pelo turismo histórico-cultural e pela valorização de narrativas negras, num esforço de justiça histórica e preservação da memória afro-brasileira.

Serviço:

•Circuito “Mercado a Mercado – Uma Jornada Pela História da Escravidão e da Luta Preta no Rio”

•Data: Sábado, 26 de julho

•Horário: 9h

•Ponto de encontro: Praça da Pira Olímpica (ao lado do Museu Casa França-Brasil e do CCBB)

•Gratuito, mediante inscrição prévia

O IPN foi criado em 2005, o Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos tem como missão preservar e divulgar a memória da população negra no Brasil. A partir do Cais do Valongo — sítio arqueológico reconhecido como Patrimônio Mundial pela UNESCO —, o IPN desenvolve ações educativas, culturais e de pesquisa voltadas à valorização da herança africana e afro-brasileira.