Em uma coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira (7), o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, fez declarações polêmicas envolvendo o Golfo do México, a Groelândia e o Canadá. Líderes internacionais reagiram com uma mistura de desaprovação, repulsa e senso de humor.
O presidente eleito anunciou que os Estados Unidos devem tomar posse do Golfo do México e ainda sugeriu rebatizá-lo como "Golfo da América". Em resposta, a presidente do México, Claudia Sheinbaum, sugeriu que os Estados Unidos é que fossem rebatizados como "América Mexicana". Ela fez a brincadeira durante uma aparição em um vídeo satírico ao lado do mapa dos Estados Unidos recolorido e renomeado como extensão do México.
O vídeo também faz alusão à postagem de Donald Trump nas redes sociais mostrando o mapa do Canadá colorido com as cores da bandeira dos Estados Unidos.
Em paralelo, o governo do Panamá repudiou a acusação de Trump de que empresários e militares chineses controlam a rota comercial no Golfo do México, situado no território do Panamá.
Quanto ao primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, o mesmo afirmou prontamente que não existe possibilidade do Canadá se tornar um estado americano. Ele também rebateu as declarações de Trump a respeito do Canadá se beneficiar da economia dos Estados Unidos.
"Os trabalhadores e as comunidades de ambos os países se beneficiam do fato de serem os maiores parceiros comerciais e de segurança um do outro", afirmou o primeiro ministro.
Já governo dinamarquês repudiou a proposta de Donald Trump para comprar o território da Groelândia, mas esclareceu que o país está aberto ao diálogo para cooperar ainda mais com os Estados Unidos na segurança internacional. Isso se deve ao fato de que a ilha abriga base militar estadunidense, é rica em minerais raros e é situada em rota militar estratégica em relação à Rússia.
Donald Trump não é o primeiro presidente dos Estados Unidos a manifestar interesse em adquirir a Groelândia, e suas declarações em relação ao Canadá são de longa data. Apesar da repercussão negativa às falas de Trump, membros do governo dos países envolvidos vêm se reunindo nas últimas horas para debater a situação de seus respectivos territórios em relação aos Estados Unidos.
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