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MORADORES DE RUA ENCONTRADOS MORTOS DE FRIO NO RS

  • Foto do escritor: Érica Corrêa
    Érica Corrêa
  • 2 de jun.
  • 2 min de leitura

Queda brusca na temperatura causou ao menos três mortes no Estado nesta quinta-feira (29/05/2025)

morador de rua deitado em um banco de pedra
Morador de rua dormindo/Fonte: domínio público

Ao menos dois moradores de rua morreram em Porto Alegre nesta quinta-feira, de acordo com a Polícia Civil, causa da morte o frio que assola o estado do Rio Grande do sul.

O primeiro foi encontrado no início da tarde na rua Voluntários da Pátria, próximo ao número 1500, no bairro Floresta, localizado por outro moradores de rua. Após a SAMU ser chamada, a vítima foi conduzida ao Hospital de Pronto Socorro (HPS) da Capital; o óbito foi confirmado, tendo sido causado por broncopneumonia, agravada pela temperatura baixa.

O segundo morador de rua foi localizado pela Guarda Municipal em uma calçada da rua Paraíba, também no Floresta, horas depois. Segundo o Instituto Médico Legal (IML), a segunda vítima morreu de hipotermia.

Em Bento Gonçalves, interior do estado, um homem em situação de rua foi também encontrado morto por hipotermia causada pelas baixas temperaturas na região. A vítima foi identificada como Edgar Antônio Castanheti, de 58 anos.

Chamo de vítimas porque é inaceitável em pleno 2025 ter pessoas morrendo de frio. Esses homens não foram vítimas somente das circunstâncias da natureza, mas também vítimas do descaso de autoridades que ignoram a parcela da população marginalizada, deixando os moradores de rua em mais vulnerabilidade do que sua situação já os deixa. A prefeitura de Porto Alegre reforçou ao G1 que todas as ações da rede Operação Inverno estão ativas e que as equipes de assistência seguem nas ruas para orientar e encaminhar pessoas em situação de vulnerabilidade para os locais de acolhimento. No entanto, isso são medidas que tratam os sintomas, e não a causa real do problema dos moradores de rua; eles continuarem estando em situação de vulnerabilidade.

A pandemia de Covid-19 já escancarou o problema da população dos moradores de rua. Em 2024, ano das enchentes no RS, não haviam sido feita ainda políticas públicas eficazes para endereçar as pessoas em vulnerabilidade social. Ações concretas precisam ser feitas para que não hajam mais vítimas nos próximos meses de frio.

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