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Senado pode votar pela legalização de jogos e apostas nesta terça-feira

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    Da redação
  • 8 de jul.
  • 2 min de leitura

Aprovada pelos deputados, proposta de liberação de cassinos e jogo do bicho está na pauta do próximo plenário

 

Por Sophia Picchi

Davi Alcolumbre, presidente do Senado e Irajá Abreu, relator do projeto (Foto: Agência Senado)
Davi Alcolumbre, presidente do Senado e Irajá Abreu, relator do projeto (Foto: Agência Senado)

Está na pauta da sessão do Senado desta terça (8) o Projeto de Lei (PL) 2234/2022, que autoriza a operação de cassinos, bingos, jogo do bicho e apostas de corridas de cavalos. A matéria tem como relator o senador Irajá Abreu (PSD-TO).

 

A proposta foi publicada em 1991 pelo deputado federal Renato Vianna (MDB-SC) e aprovada pela Câmara 31 anos depois, em 2022.

 

Em junho do ano passado, foi votada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado com placar de 14 votos favoráveis e 12 contrários. A votação em plenário chegou a acontecer em dezembro, mas foi adiada devido à resistência de parte dos senadores.

 

O que diz o PL

O texto em pauta propõe a instalação de cassinos em polos turísticos e complexos de alto padrão, como resorts. O limite é de até três instalações por estados, com base no tamanho populacional. Para os cassinos em embarcações, o limite nacional é dez.

 

As casas de bingo terão credenciais renováveis de 25 anos e podem oferecer jogos em cartela e em máquinas de videobingo. O limite de estabelecimentos por município é de um a cada 150 mil habitantes.

 

O PL revoga decreto que inclui o jogo do bicho nas contravenções penais e autoriza, em âmbito estadual, uma operadora a cada 700 mil habitantes. São Paulo, que conta com mais de 25 milhões de habitantes, poderia ter até 35 negócios do jogo.

 

Ainda, determina que todas as máquinas caça-níqueis devem ser registradas e inspecionadas pelo Ministério da Economia e que entidades de turfe (apostas em corridas de cavalos) podem oferecer jogos de bingo.

 

Setores se dividem

Pesquisa do DataSenado realizada em fevereiro, requerida por Irajá, aponta que 60% dos brasileiros são favoráveis à regulação dos jogos de azar.

 

No caso da legalização, 26% afirma interesse em participar dessas atividades, enquanto 58% acredita que causaria aumento na arrecadação de impostos.

 

O PL tem apoio do ministro do Turismo, Celso Sabino. Ele afirma que a medida estimula a criação de novos centros turísticos e atrai empresários. “O projeto é adequado e vai ajudar os brasileiros a se movimentarem pelo país e a atrair mais visitantes estrangeiros”, defendeu em cúpula do G20, em 2024.

 

No lado da oposição, setores evangélicos e conservadores criticam o projeto. “Não podemos virar o país da jogatina”, afirmou o senador Eduardo Girão (Novo-CE).


Na última terça (1), o Conselho Interdenominacional de Ministros Evangélicos do Brasil (CIMEB) publicou uma carta de repúdio à PL. Assinado por lideranças como Silas Malafaia, o texto aponta preocupações com endividamento familiar e riscos de corrupção.

legalização de jogos e apostas
Reprodução/Instagram

 

“Existe parecer técnico da PF, PGR e Sindifisco contrário à aprovação desse PL”, afirmam

 

Se o PL for aprovado sem alteração pelos senadores, será enviado para sanção. O presidente Lula já afirmou, em entrevista à Rádio Meio em 2024, que não pretende rejeitar o texto. “Se o Congresso aprovar e for feito um acordo entre os partidos políticos, não tem por que não sancionar”, disse.

 

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