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Trump, COP 30 e o Acordo de Paris: o Clima em Xeque no Brasil

Da redação

Decisão dos EUA reacende debate sobre compromissos climáticos e papel do Brasil no cenário internacional

Por anos, o Acordo de Paris tem sido um símbolo de esperança para aqueles que acreditam na cooperação global como a chave para frear o aquecimento do planeta. Mas, como um balde de água fria, a recente decisão de Donald Trump de retirar os Estados Unidos, mais uma vez, desse pacto histórico lançou uma sombra sobre a COP 30, que será realizada em novembro, em Belém do Pará.


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (foto), assinou parte dos atos em um estádio em Washington, D.C.; depois, seguiu para o Salão Oval da Casa Branca para finalizar a assinatura dos decretos...  Leia mais no texto original: (https://www.poder360.com.br/poder-internacional/oms-acordo-de-paris-fronteira-leia-os-decretos-de-trump/) © 2025 Todos os direitos são reservados ao Poder360, conforme a Lei nº 9.610/98. A publicação, redistribuição, transmissão e reescrita sem autorização prévia são proibidas.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em momento de assinatura de parte dos atos em um estádio em Washington, D.C.

Com o título de maior emissor histórico de gases de efeito estufa, os EUA carregam uma responsabilidade global que não pode ser ignorada. E, agora, o impacto dessa decisão vai além do simbólico: ela ameaça o progresso e pode desencadear uma perigosa onda de retrocessos climáticos.

O peso da ausência de Trump na COP 30

Trump, um conhecido cético das mudanças climáticas, já havia retirado os EUA do Acordo de Paris em 2017, durante seu primeiro mandato, revertendo a decisão em 2021 após a eleição de Joe Biden. Mas, com seu retorno à presidência, essa reviravolta não surpreendeu especialistas. A surpresa, no entanto, vem do timing. Com a COP 30 sendo sediada pela primeira vez no Brasil, sua ausência envia um sinal de enfraquecimento do compromisso global.

Fontes do governo brasileiro apontam que Trump dificilmente comparecerá ao evento em Belém. A possível ausência do presidente dos EUA gera apreensão em países que tradicionalmente seguem a liderança norte-americana. Será que outros governos usarão esse precedente para justificar o próprio alheamento das metas climáticas?

Esperança vinda do Oriente?

Enquanto o Ocidente lida com incertezas, as expectativas recaem sobre a China, que já desponta como uma líder ambiental alternativa. Durante a COP 30, espera-se que o país reafirme compromissos robustos de redução de carbono, compensando, ao menos parcialmente, o vácuo deixado pelos EUA.

Dados recentes mostram que a China já lidera em investimentos em energias renováveis, com um crescimento de 20% em energia solar em 2024, segundo o World Resources Institute. Além disso, o governo chinês tem intensificado a transição energética, reduzindo sua dependência do carvão, o que fortalece sua posição como protagonista no cenário climático.

O desafio logístico e político no Brasil

Internamente, o Brasil enfrenta um cronograma apertado para garantir o sucesso da COP 30. O evento, que será o maior já sediado pelo país, ainda aguarda a definição de um presidente oficial para liderar os trabalhos.

Entre os nomes cotados está o embaixador André Corrêa do Lago, renomado negociador em questões ambientais. O papel desse representante será crucial, não apenas na definição de uma agenda ambiciosa, mas também na resolução de entraves logísticos, especialmente em uma cidade como Belém, que enfrenta desafios estruturais.

De acordo com o IBGE, Belém é uma das capitais com maior desigualdade social no Brasil, e a infraestrutura da cidade precisa ser reforçada para comportar o influxo de visitantes e delegados de mais de 190 países.

2024: o ano em que o planeta atingiu o limite

Dados divulgados pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) mostram que, em 2024, a temperatura média global superou a marca de 1,5 ºC em relação aos níveis pré-industriais. Esse número não é apenas estatística: é um alerta vermelho.

Eventos climáticos extremos, como inundações devastadoras na Ásia e ondas de calor recordes na Europa, reforçam a urgência de ação. No Brasil, a Amazônia, conhecida como o "pulmão do mundo", enfrenta níveis alarmantes de desmatamento. Apenas em 2023, 10 mil km² de floresta foram perdidos, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

A hora de agir é agora

Apesar dos desafios, a COP 30 representa uma oportunidade de ouro para o Brasil reafirmar seu papel de liderança climática. Mais do que um palco político, o evento pode consolidar compromissos que impactem diretamente o futuro do planeta.

A sociedade brasileira também tem um papel importante. Pressionar líderes a priorizar a pauta ambiental, participar de iniciativas locais e adotar práticas mais sustentáveis são ações que complementam os esforços globais.

E, enquanto Trump vira as costas para o clima, o Brasil, com sua rica biodiversidade e papel estratégico, pode se tornar um farol de esperança. Afinal, como dizia o ambientalista Chico Mendes: "No começo pensei que estivesse lutando para salvar seringueiras. Depois pensei que estava lutando para salvar a floresta amazônica. Agora percebo que estou lutando pela humanidade."

Você está pronto para fazer parte dessa luta? O planeta precisa de todos nós. 🌎

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