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Desmistificando a Gravidez

Uma Luta contra o Machismo Estrutural



A sociedade avança a passos largos, mas ainda há questões fundamentais que precisam ser discutidas e desconstruídas. Entre elas está o olhar equivocado do machismo estrutural em relação à gravidez. É urgente questionar o estereótipo ultrapassado que coloca as mulheres em uma posição desfavorável, onde gestar não é motivo suficiente para uma pausa nos trabalhos e ocupações. É hora de desafiar essas ideias arcaicas e reconhecer a mulher como uma força multifacetada, com várias jornadas de trabalho e responsabilidades, mas também com o direito de parar e cuidar de si mesma durante a gestação.

"Gravidez não é doença." Essa afirmação é incontestável. A gestação é um processo natural e belo, um momento de criação e transformação. No entanto, é essencial compreender que a não categorização como doença não deve ser usada como desculpa para negligenciar os direitos e necessidades das mulheres grávidas.

O machismo estrutural é o principal responsável por perpetuar essa visão distorcida da maternidade. Em muitos setores da sociedade, ainda persiste a ideia de que as mulheres devem ser capazes de equilibrar todas as esferas de suas vidas sem interrupção, mesmo quando estão gerando uma nova vida dentro de si. Essa expectativa irrealista não apenas coloca em risco a saúde física e emocional das mulheres, mas também desvaloriza o trabalho de cuidado e a maternidade.

A mulher é multifacetada, assumindo diversas responsabilidades e enfrentando múltiplas jornadas de trabalho, seja no lar, no trabalho remunerado ou na comunidade. No entanto, isso não significa que ela não precise de tempo e espaço para cuidar de si mesma, especialmente durante a gravidez. É fundamental que a sociedade reconheça a importância de uma pausa adequada durante esse período, permitindo que as mulheres se dediquem à sua saúde e ao bem-estar do bebê que estão gerando.

Para combater essa desigualdade, é necessário um esforço conjunto. Empregadores, colegas de trabalho, familiares e a sociedade em geral devem trabalhar em conjunto para criar um ambiente mais inclusivo e compreensivo. Políticas de licença-maternidade mais abrangentes, flexibilidade no ambiente de trabalho e uma mudança de mentalidade são essenciais para garantir que as mulheres grávidas não sejam penalizadas por exercerem seu direito de serem mães.

É hora de romper com os estereótipos e olhares deturpados do machismo estrutural. A gravidez não é um obstáculo para o progresso, mas sim um momento de empoderamento e transformação. Ao reconhecer e respeitar as necessidades das mulheres grávidas, estaremos construindo uma sociedade mais justa, equitativa e motivadora.

A maternidade é uma jornada única e desafiadora, e todas as mulheres têm o direito de vivenciá-la plenamente, sem a pressão de se encaixar em padrões desumanos e desatualizados. Vamos lutar juntos para que a gravidez seja vista como uma fase de valor e importância, onde a pausa e os cuidados sejam garantidos, permitindo que as mulheres sejam quem desejam ser: mães, profissionais e agentes de mudança. Afinal, é na união e no reconhecimento da diversidade que construímos um mundo melhor para todos.


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