Marie Antoinette: Da poeira às passarelas, da mineração à literatura — a mulher preta que virou potência global
- Da redação
- 5 de jun.
- 2 min de leitura
Atualizado: 6 de jun.
Por Redação Internacional Pàhnorama

Com os pés firmes no chão e a cabeça erguida, Marie Antoinette atravessou o mundo carregando nas mãos o peso da ancestralidade e o brilho de quem sabe aonde quer chegar. Empresária, artista, ativista e agora escritora, ela lança sua autobiografia, Das Cinzas ao Ouro, no dia 16 de junho, no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, em uma celebração que promete ser um manifesto de força, resistência e sofisticação.
Mulher preta de origem guineense e cabo-verdiana, nascida na Suíça, Marie construiu um império à sua maneira. Com presença marcante na mineração, investimentos de alto padrão e consultorias estratégicas, sua atuação vai além dos números: sua trajetória ressignifica o que é ser uma mulher preta em espaços historicamente negados.
Mas seu currículo vai além da economia. Já desfilou para Dolce & Gabbana, Versace, Paco Rabanne e Jean Franco Ferré, estampou campanhas de moda e lançou dois álbuns musicais (The First Brick e Somebody Loves). Ainda assim, Marie se define como “mãe, antes de tudo”.

Em sua obra, compartilha não apenas a construção de uma carreira sólida, mas os silêncios e os sons da maternidade atípica — criando sozinha um filho autista e superdotado, que hoje é empresário musical e diplomado pela prestigiada NYU. “Minha maior conquista foi promover a autonomia do meu filho. Isso ninguém me tira”, afirma.
Ao contar sua história com sinceridade e elegância, Marie provoca: quantas outras mulheres pretas poderiam ser potências globais se tivessem as mesmas oportunidades? Com sensibilidade, ela costura narrativas de dor e glória, e lembra que existir, sonhar e vencer também é um ato político.
Das Cinzas ao Ouro chega às livrarias com o selo da coragem e a promessa de inspirar outras mulheres a erguerem suas próprias pontes — entre mundos, entre tempos, entre elas mesmas.
Comments