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Luiza Brunet leva campanha contra a violência doméstica à Europa

Atualizado: 3 de abr.


Luiza Brunet
Foto: divulgação

Viena amanheceu com um nome brasileiro ecoando entre as paredes da embaixada do Brasil na Áustria: Luiza Brunet. A ativista e palestrante global, reconhecida por sua luta incansável contra a violência de gênero, está na capital austríaca com um propósito maior do que turismo ou lazer – embora tenha conseguido encaixar na agenda uma ida à ópera. "Eu viajo o mundo por uma causa, que é dar voz a quem não tem!", cravou a militante, que hoje lança a campanha "Sinal Vermelho contra a Violência Doméstica".


O evento, realizado sob o convite do Ministro-Conselheiro na Embaixada do Brasil em Viena e representante Permanente Adjunto junto às Nações Unidas em Viena, César Augusto Vermiglio Bonamigo, reforça o compromisso internacional do Brasil na luta pelos direitos das mulheres. O diplomata, que representa o país junto a organismos internacionais em Viena, abriu as portas da embaixada para acolher um tema urgente e necessário: a violência doméstica contra mulheres brasileiras que vivem na Europa e se veem desamparadas em terras estrangeiras.


A violência que atravessa fronteiras


Os números falam por si. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, há aproximadamente 4,2 milhões de brasileiros vivendo no exterior, e um percentual significativo dessas mulheres enfrenta violência em silêncio, muitas vezes por medo, desconhecimento dos seus direitos ou falta de suporte. Só na Europa, denúncias de brasileiras vítimas de violência doméstica cresceram 37% nos últimos anos, segundo dados de ONGs e consulados. E se no Brasil a rede de apoio ainda encontra barreiras, para aquelas que vivem fora, o desafio é dobrado: idioma, burocracia e medo de represálias transformam a denúncia em um labirinto sem saída.


A campanha "Sinal Vermelho contra a Violência Doméstica" surge como um respiro nesse cenário sombrio. Criada inicialmente no Brasil pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), a iniciativa agora cruza fronteiras para oferecer suporte e informação a mulheres que não podem se calar. O símbolo da campanha – um X vermelho desenhado na palma da mão – passa a ser um pedido de socorro reconhecido em diversos países.


Conscientizar para transformar

Durante sua palestra na embaixada, Luiza Brunet reforça o papel crucial da conscientização coletiva.

"A violência não tem passaporte, não tem CEP. É um problema global que precisa de respostas globais", declarou.

Seu engajamento vai além das palavras: a ativista tem trabalhado diretamente com governos e entidades para fortalecer políticas públicas e criar pontes entre vítimas e autoridades.


A iniciativa prevê parcerias com consulados brasileiros, organizações de apoio às mulheres e campanhas educativas em redes sociais e espaços comunitários. A ideia é que o Sinal Vermelho seja amplamente divulgado para que mais mulheres saibam que não estão sozinhas.


A força de um movimento

Luiza Brunet já provou que sua luta não tem limites. De modelo e atriz a referência internacional na causa feminina, sua história pessoal de superação contra a violência doméstica se transformou em um motor de mudança para milhares de mulheres. Hoje, com a campanha ganhando corpo na Europa, o impacto de sua voz se amplia, rompendo barreiras culturais e burocráticas.


O lançamento do Sinal Vermelho na Áustria é mais um passo na caminhada de uma mulher que não se cansa de lutar. Porque, como ela mesma diz, dar voz a quem não tem não é só uma missão – é uma necessidade urgente. E quando uma mulher se levanta, nenhuma outra precisa mais se calar.

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